Qual a hora de parar?
Qual a hora de parar?
Essa é uma questão que sempre me aflige. Nunca parei, mas já mudei de rumos diversas vezes, acho essencial. Gostar e sentir-se a vontade com o que faz. A Blogosfera é muito dinâmica, blogs abrem e fecham a todo momento, e falando como blogueira, alguns deixam uma saudade tão grande. Muitas vezes, não trocamos uma única palavra, um único comentário. Mas, acompanhar o blog dá uma certa intimidade. Alessandro relatou uma vez que foi "seguido" no metrô de São Paulo por um leitor que o reconheceu e não teve coragem de se declarar. Da sua forma, cada um de nós tem sua forma de interagir com o blog, chegamos até a perceber quando o texto tentou esconder alguma tristeza, aprendemos a ler as entrelinhas. Nos acostumamos com aquela pessoa "virtual".
E que vazio que dá, quando o blogueiro decide parar. Mais triste ainda, quando sabemos que não era a hora, mas fazer o quê?
Acredito que vocês conheçam o Blog Mister Man Club, um blog das antigas, sempre muito bem escrito e que encabeça a campanha "Homens de Bem". O blog foi removido pelo blogger, foi aberto um outro, seu autor prometeu que ele voltaria no wordpress, mas por vários motivos talvez isso não aconteça.
Cotrimus, do Cotrimus Blog, anda tão ocupado que mal sobra tempo para um oi.
É triste acostumar com a falta que você me faz.
Comentários
hey , eu passo sempre por aqui, sei que não é a mesma coisa que comentar a cada postagem, mas parei de cobrar comentarios no meu blog, apenas vejo o contador de visitas e o número de pessoas on line, já fico contente ao ver muitas pessoas estão passando pelo blog, eu mesmo faço algumas visitas po aí mas raramente deixo comentarios porque não tenho nada inteligente pra dizer kkkkkkkk. Mas enfim, faça postagens com mais texto escrito, assim novos leitores podem encontrar o persiana pelo google todo dia.
Acho que você só leu o título do blog e não o texto.
Pessoas como você, Paula, são pessoas reais, vivas, intelilgentes, ativas e afetivamente significativas.
O blog que eu prazerosa e orgulhosamente conduzi por algum tempo só teve razão de ser porque eu tinha leitores bons como você. Nada de "rasgação de seda". Não faço isso e você sabe. Os "meus" queridos continuam sendo os de sempre. Não sou de sair por aí abandonando pessoas boas pela estrada. Elas são meus presentes.
Quando eu criei o Mister Man (a personagem) e o Mister Man Club (o Blog), eu tinha expectativas que hoje já não fazem mais o menor sentido. Jamais colocaria hoje um contador de visitas no meu blog. Aprendi fazendo que repartir um saquinho de amendoim com uma boa companhia pode ser infinitamente mais prazeroso do que ocupar um lugar qualquer num jantar de gala para trezentos talheres.
Quando (raramente) trocamos nossos e-mails, a personagem "Mister Man" dá lugar a um homem que admira sua capacidade de realizar sempre com perserverança e zêlo coisas novas e inteligentes. Sou eu que não posso abrir mão disso.
Infelizmente eu sou um (quase) completo "analfabyte". O blog Mister Man Club ainda está sendo preparado na plataforma wordpress. Eu ainda tenho esperança de tocá-lo adiante por algum tempo. E se alimento essa esperança é por saber que o nu, o erotismo, o pornográfico e, sobretudo, o humano ainda resistem bravamente em sua melhor forma através de pessoas competentes, dedicadas e amigas como você.
A você, minha amiga, eu rendo todas as glórias. E, para fazer jus a minha notória prolixidade, agradeço a você pela amizade e generosidade perenes.
Meu melhor beijo,
Franklin.
Isso mesmo, para você é Franklin.
te tirar da toca
te fazer caçar
caçar as palavras
limitar a abrangência
se fazer entender
entender?
pra quê?
Vc está certa...ando sem tempo sim, pra fazer muita coisa que me dá prazer, entre elas, escrever e ler. É uma pena eu e várias pessoas deixarem de praticar o escrever.
Entendo os seus questionamentos, eles são válidos e necessários, também tenho os meus.
Mas sabe que está acontecendo? Estou aprendendo a respeitar "o silêncio" também, a processar melhor algumas coisas e guardá-las pra mim.
Com o twitter, eu consigo extravasar a coisa em menos caracteres, as vezes de uma forma agressiva, mais natural, sem necessidades de rodeios ou contextos. Falo, e a coisa já sai de mim. Isso me alivia e não preciso explicar. O tempo dedicado é menor e o efeito é imediato.
Sei que essa prática não substitui a elaboração, tão necessária, mas é o que tem funcionado pra mim nestes tempos conturbardos.
Mas em breve a coisa acalma, estou agindo pra isso.
bjs grandes.
O Twitter não me cativou e nem a superficialidade toda que existe ali, aquelas 140 algemas me sufocaram.
Boa sorte lá.
Bjs