Entre os gays, hoje, parece haver um pouco mais de reflexão e menos neurose, nesse ponto, o da traição. Mas entre os heteros que eu conheço, nossa, nunca ví tanto drama e paranoia em cima disso, tanto medo, pavor até... Beijos Ricardo aguieiras2002@yahoo.com.br http://dividindoatubaina.wordpress.com/
Só não estou certa se realmente existe reflexão no mundo gay. O que percebo é da mesma forma, pessoas sofrendo por terem sido traídas. Mas admito que a sinceridade no mundo gay, nesse aspecto é maior. Não vou defender a monogamia e nem atacar a poligamia, mas vou defender o diálogo, tudo conversado e discutido é entendido.
Beijo =)
Anônimo disse…
Oi! Eu cheguei a discutir isso na turma de Filosofia. Eu disse que trair é o contrário de fidelidade.
Acontece que fidelidade é um acordo, contrato (desde a deusa Fides - que seria mais antiga que o próprio Zeus) e portanto, se as partes interessadas do acordo, se submetem a ele, não há traição.
Agora, a reflexão tem de ser sincera. Concessões por amor (e que no fundo mascaram uma mágoa) ou mesmo esse papo "o mundo gay é assim e tenho de me enquadrar" é um servilismo/ aprisionamento (talvez às avessas) que não é o que realmente eu defendo.
Esse papo imbecil de dizer: "Ninguém é de ninguém" - que é uma obviedade - não dá conta do "contrato" que é um relacionamento.
E os relacionamentos abertos têm suas outras regras. descumpri-las é trair. Trair não é só sexualmente, não é mesmo?
Aliás, não gosto nem da palavra "traição", pelo moralismo que carrega. Moralismo enche! Prefiro a palavra "lealdade", que pode ser aplicada também em tudo, inclusive entre amigos, quantos amigos não nos são leais, quantos pais e mães não nos são leais? "Traição" sempre remete, no imaginário popular, à traição sexual, que a maioria das pessoas encaram como a maior de todas. Eu não acho: vi casais que juravam amor eterno e abandonaram o outro em casos de doenças ou de problemas financeiros, acho isso bem mais grave que uma mera trepadinha por aí. Aliás, falar que amam virou outra banalidade, todo mundo ama todo mundo, hoje em dia. Quando falei que gays são mais desencanados nessa, evidente que foi uma generalização besta, tem gays complicadíssimos. Mas, quando eu leio algumas revistas heterossexuais, livros que abordam a sexualidade hétero, vejo tanta complicação que me parecem que alguns gays já resolveram muito bem e não esquentam tanto. Beijos, Ricardo aguieiras2002@yahoo.com.br http://dividindoatubaina.wordpress.com/
Esse assunto é complicado. Na verdade o ser humano é complicado e acaba disseminando essa característica em tudo. Gostei dessa questão do contrato. Pensando dessa forma, tudo que é contrário a ele significa uma traição. Gostei da comparação, inclusive porque temos esquecido de estabelecermos contratos em nossas relações. Não que seja necessário algo escrito e assinado, em uma relação de amizade tem um contrato implícito, e quantas vezes não notamos isso e fazemos o que nos dá na cabeça sem pensarmos no outro. Sim, somos irresponsáveis com o outro. Gostei dessa interpretação.
Acho que cai no que eu disse acima. Nós, humanos somos complicados, e acabamos complicando a vida. Somos egoístas também, o "eu" vem sempre na frente do "nós". Acredito que seja um exercício a ser estudado muito ainda, como lição de casa.
Comentários
Beijos
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br
http://dividindoatubaina.wordpress.com/
Só não estou certa se realmente existe reflexão no mundo gay. O que percebo é da mesma forma, pessoas sofrendo por terem sido traídas. Mas admito que a sinceridade no mundo gay, nesse aspecto é maior. Não vou defender a monogamia e nem atacar a poligamia, mas vou defender o diálogo, tudo conversado e discutido é entendido.
Beijo =)
Acontece que fidelidade é um acordo, contrato (desde a deusa Fides - que seria mais antiga que o próprio Zeus) e portanto, se as partes interessadas do acordo, se submetem a ele, não há traição.
Agora, a reflexão tem de ser sincera. Concessões por amor (e que no fundo mascaram uma mágoa) ou mesmo esse papo "o mundo gay é assim e tenho de me enquadrar" é um servilismo/ aprisionamento (talvez às avessas) que não é o que realmente eu defendo.
Esse papo imbecil de dizer: "Ninguém é de ninguém" - que é uma obviedade - não dá conta do "contrato" que é um relacionamento.
E os relacionamentos abertos têm suas outras regras. descumpri-las é trair. Trair não é só sexualmente, não é mesmo?
"Traição" sempre remete, no imaginário popular, à traição sexual, que a maioria das pessoas encaram como a maior de todas. Eu não acho: vi casais que juravam amor eterno e abandonaram o outro em casos de doenças ou de problemas financeiros, acho isso bem mais grave que uma mera trepadinha por aí. Aliás, falar que amam virou outra banalidade, todo mundo ama todo mundo, hoje em dia.
Quando falei que gays são mais desencanados nessa, evidente que foi uma generalização besta, tem gays complicadíssimos. Mas, quando eu leio algumas revistas heterossexuais, livros que abordam a sexualidade hétero, vejo tanta complicação que me parecem que alguns gays já resolveram muito bem e não esquentam tanto.
Beijos,
Ricardo
aguieiras2002@yahoo.com.br
http://dividindoatubaina.wordpress.com/
Esse assunto é complicado. Na verdade o ser humano é complicado e acaba disseminando essa característica em tudo. Gostei dessa questão do contrato. Pensando dessa forma, tudo que é contrário a ele significa uma traição. Gostei da comparação, inclusive porque temos esquecido de estabelecermos contratos em nossas relações. Não que seja necessário algo escrito e assinado, em uma relação de amizade tem um contrato implícito, e quantas vezes não notamos isso e fazemos o que nos dá na cabeça sem pensarmos no outro. Sim, somos irresponsáveis com o outro. Gostei dessa interpretação.
Beijo =)
Acho que cai no que eu disse acima. Nós, humanos somos complicados, e acabamos complicando a vida. Somos egoístas também, o "eu" vem sempre na frente do "nós". Acredito que seja um exercício a ser estudado muito ainda, como lição de casa.
Mas um dia melhoramos.
Obrigada pela visita.
Beijo =)